O bem-estar animal como base para a qualidade do leite
Na produção leiteira, o bem-estar das vacas é crucial não apenas por questões éticas, mas também pela qualidade e quantidade do leite produzido. Sistemas como o free-stall permitem que vacas leiteiras de alta produção expressem seu potencial, mas exigem cuidados especiais com a saúde e conforto dos animais.
🛠️ Planejamento adequado é essencial
O ambiente em que as vacas são alojadas deve ser projetado para priorizar seu bem-estar. Isso inclui camas confortáveis, corredores amplos e boa ventilação. A escolha do tipo de cama—seja areia ou materiais orgânicos—impacta diretamente no conforto e na higiene das vacas. Camas limpas reduzem a contaminação por bactérias, prevenindo doenças como a mastite, que afeta a glândula mamária e prejudica a qualidade do leite.
💧A importância da higiene
A higiene é um dos pilares do controle de mastite, uma doença comum em vacas leiteiras que pode comprometer a produção e a qualidade do leite. Manter os tetos das vacas limpos e minimizar a exposição a resíduos é fundamental. Estudos mostram que vacas em ambientes secos e limpos produzem mais leite e de melhor qualidade, com índices mais baixos de contagem de células somáticas (CCS), um indicador direto da saúde do úbere.
⚠️ Fatores de risco
Superlotação, baixa frequência de limpeza das camas e manejo inadequado de resíduos aumentam os riscos de contaminação. Para mitigar esses riscos, o manejo adequado das camas, com limpeza frequente e reposição de materiais, é indispensável. A adição de aditivos como cal hidratada pode aumentar a vida útil das camas e reduzir a proliferação bacteriana.
🐮Produção de qualidade começa com o cuidado animal
Vacas saudáveis e confortáveis tendem a deitar-se por mais tempo, o que melhora tanto sua saúde quanto a produção de leite. Manter um ambiente limpo, bem ventilado e confortável é essencial para a eficiência na produção leiteira e a qualidade do produto final.
Investir no bem-estar animal traz retorno direto em qualidade e produtividade!
Fonte – originalmente publicado em SANTOS, M. V. Mundo do Leite. v.65, p.12 – 13, 2014